10 de mai. de 2011

Um pouco mais que se aperte e não fica só o pó, mas a alma.


“Subo a escada devagar para sentir nos cascos a quentura da pedra.
Uma borboleta pousou no corrimão bem ao meu alcance.
Prendi-a pelas asas, mas tremeu tanto que soltei-a.
Saiu voando buleversada como se tivesse ficado cem anos presa.
Nos meus dedos, o pó prateado. Tão breve tudo.
Prendi assim a alegria, ainda há pouco foi minha,
mas se debateu tanto que abri os dedos antes que a ferisse, 
não se pode forçar.
Um pouco mais que se aperte e não fica só o pó, mas a alma.”

Lygia Fagundes Telles

13 comentários:

  1. Não se pode forçar, né? Como diz a Gadú: "Deixa estar, que o que for pra ser, vigora..."... é, moça, vc postou hoje pra mim. rs

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  2. Não se pode forçar, bem isso... As coisas acontecem na hora exata, no tempo certo delas. Naturais!

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  3. Não se pode forçar a alegria...eu bem queria,mas deixemos ela ir e voltar quando tiver que ser! :)
    Li,Querida selo pra ti no blog:
    http://evidentesselinhosemimos.blogspot.com/2011/05/selo-especial.html
    Passa pegar,quando puder.
    Beijo

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  4. Prender e soltar no tempo certo... O segredo de tudo.

    Beijos, minha querida amiga. Saudades, sempre.

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  5. Resnga!Que texto forte.

    Sabe, as vezes me sinto uma borboleta assim, tentando voar depois de algum tempo com as asas entrevadas.

    Beijo.

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  6. soltar é difícil...vamos deixando acontecer.bjs

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  7. Que postagem linda, que transmite encanto! *-*

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  8. Tem de haver sensibilidade pra compreende-la.Um toque,sem posse...ela pousa.

    Lili,que linda essa postagem!
    Beijo grande em você,viu?
    Te amo de coração.
    Saudade.

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  9. Nada de bom pode vir do que é forçado.

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  10. O problema está justamente em abrir mão do que nos faz bem, mesmo que seja uma verdade inventada.

    Beijo!

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  11. Renata disse:
    Alma presa que se machuca,que quer ser livre das suas mãos indiferentes.

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  12. A Lygia Fagundes nos remeteu a uma verdade diário. Não se prende... jamais.

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