23 de mai. de 2011

Castelã Da Tristeza




Altiva e couraçada de desdém
Vivo sozinha em meu castelo, a Dor…
Debruço-me às ameias ao sol-pôr
E ponho-me a cismar não sei em quem!




Castelã da Tristeza vês alguém?!…
- E o meu olhar é interrogador…
E rio e choro! É sempre o mesmo horror
E nunca, nunca vi passar ninguém!




- Castelã da Tristeza porque choras,
Lendo toda de branco um livro d’horas
À sombra rendilhada dos vitrais?…




Castelã da Tristeza, é bem verdade,
Que a tragédia infinita é a Saudade!
Que a tragédia infinita é Nunca Mais!!



Florbela Espanca in Livro de Mágoas

10 comentários:

  1. 'Que a tragédia infinita é Nunca Mais!'
    Uau,que profundo isso!
    gosto muito dos escritos de Florbela :)
    Lindo dia pra ti,Li!
    beijo

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  2. Melancólico, mas tão próximo de nós...

    Beijos,
    Kenia.

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  3. Lindo! Não conhecia esse dela!
    beijo! ;*

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  4. Seu blog tem gosto de tequila... Saboreando...

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  5. Ótimos posts, lindas palavras!!! To lhe seguindo... Amei o blog!

    Visite o Meu Canto: cantodalianah.blogspot.com

    xD

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  6. Ah,Florbela e seu reino trágico!
    Amo Florbela,a Castelã poetisa.
    Bom tê-la por aqui.

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  7. Simplesmente simples, e em sua total simplicidade, lindo! Adorei o novo visual do blog. Beijão!

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