II
Que dor desses calendários
Sumidiços, fatos, datas
O tempo envolto em visgo
Minha cara buscando
Teu rosto reversivo.
Que dor no branco e negro
Desses negativo
Lisura congelada do papel
Fatos roídos
E teus dedos buscando
A carnação da vida.
Que dor de abraços
Que dor de transparência
E gestos nulos
Derretidos retratos
Fotos fitas
Que rolo sinistroso
Nas gavetas.
Que gosto esse do Tempo
De estancar o jorro de umas vidas.
(Hilda Hilst)
Que dor desses calendários
Sumidiços, fatos, datas
O tempo envolto em visgo
Minha cara buscando
Teu rosto reversivo.
Que dor no branco e negro
Desses negativo
Lisura congelada do papel
Fatos roídos
E teus dedos buscando
A carnação da vida.
Que dor de abraços
Que dor de transparência
E gestos nulos
Derretidos retratos
Fotos fitas
Que rolo sinistroso
Nas gavetas.
Que gosto esse do Tempo
De estancar o jorro de umas vidas.
(Hilda Hilst)
Lembro-me de uma analise que fiz para o professor de Estilistica de um poema da Hilda Hilst. Amei o poema analisado e o que tu escolheste.
ResponderExcluir:)
Que foto linda, que belo poema.
ResponderExcluirLinda foto, lindo post...
ResponderExcluirpasso dois dias sem vir aqui... e encontro toda essa lindeza...
bjos querida
o que Hilda Hilst escreve é uma agressão poética!! Nos tira do lugar!
ResponderExcluiramo Hilda, ela nos atinge de uma forma arrebatadora.
ResponderExcluirbeijo!
Vou ler umas 200 vezes hoje. Aposto!
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