"chove demais no que eu escrevo. não há espaço para céu limpo. a cidade é sempre cinza. os muros sempre sujos. o vento sempre leva alguma coisa. os cabelos. um papel. a barra de um vestido. as folhas da calçada. há dores demais no que eu escrevo. não existem amores perfeitos. as fotos estão sempre rasgadas. as frases no avesso. na cama, sempre sobra um maldito travesseiro. no som, apenas os discos úmidos. que rodam. e rodam. ecoando pelo apartamento suas letras tristes. rimas imperfeitas. há exagero demais no que escrevo. tempestades em copos pequenos. gritos. berros. palavrões. os arranhões são sempre rasgos. enormes. de ponta a ponta. abrindo o corpo pra que me enxerguem por dentro. roubem o que tenho escondido. me dissequem. há mentiras demais. medos demais. talvez seja preciso usar outra vida naquilo que escrevo. não a minha. por aqui, chove demais"
Eduardo Baszczyn
Porque sempre nos mostramos demais?
ResponderExcluirque, acabamos mostrando mais do que realmente existe?
belissimo Lilian,
um beijoo =)
Aqui também chove demais.
ResponderExcluirMuito belo mesmo!
Beijo.
Os fragmentos que vc seleciona são sempre graciosos...
ResponderExcluirandei meio ausente por falta de tempo, me desculpa
agradecido pelas visitas ao Rembrandt
abraço
A chuva caiu por aqui também, nesses tempos.
ResponderExcluirSempre por aqui, F
Você sempre traz as palavras certas, na hora certa.
ResponderExcluirBeeeeijos, minha linda :)
Agradecendo por sempre expressar tao bem os sentimentos que sintos com esses pedaços de textos perfeitos valeu s2
ResponderExcluir.
ResponderExcluirLindo texto!
Aqui também chove em mim, mas sempre virá o sol.
Beijos, menina Lilian.
Muitos sorrisos...
"Quero o sol para nós"
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o desabafo de colocar tudo para fora.
ResponderExcluirAmei o texto é lindo... por aqui também chove.
ResponderExcluirAmei seu blog. Gostei do modo comon escreve. Já estou te seguindo.Me identifiquei pacas com vc. Bjuuu
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