17 de fev. de 2011

Soneto do maior amor.


Maior amor nem mais estranho existe
Que o meu, que não sossega a coisa amada
E quando a sente alegre, fica triste
E se a vê descontente, dá risada.

E que só fica em paz se lhe resiste
O amado coração, e que se agrada
Mais da eterna aventura em que persiste
Que de uma vida mal-aventurada.

Louco amor meu, que quando toca, fere
E quando fere vibra, mas prefere
Ferir a fenecer – e vive a esmo

Fiel à sua lei de cada instante
Desassombrado, doido, delirante
Numa paixão de tudo e de si mesmo

Vinicius de Moraes

7 comentários:

  1. Ai, como amar é paradoxo. Como o amor é trabalhoso. Como amar é penoso. Como o penoso nos atrai. Como viver sem o que nos é penoso? Viver custa caro, e eu pago as coisas com juros que não existem.

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  2. "Maior amor nem mais estranho existe
    Que o meu, que não sossega a coisa amada"

    Lílian, suas postagens sempre chegam na "hora certa", sabe? É quase sempre o que eu preciso ler. :)

    Te amo muitão, trigêmea ♥

    Beijocas!

    Ismália .

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  3. #suspiro... aaaah Vunicius *-*

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  4. Adoro esse soneto! A primeira vez que o li fora na agenda de uma amiga e então fiquei entusiasmada em conhecer mais sobre Vinícius de Moraes e hoje ele é um dos meus poetas favoritos! <3

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  5. Perfect ♥.♥
    Passa no meu e diz o q achou !!
    Se quiser me segue vou amar
    BeijOkittas :*

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